7 de janeiro de 2017

México tem 6 mortos e 1.500 presos após protestos contra alta da gasolina

Moradores saqueiam posto de gasolina em Allende, no Estado mexicano de Veracruz

Por: Folha de S. Paulo
                    
Residents steal gasoline and diesel from a gas station following protests against an increase in fuel prices in Allende, southern Veracuz State, Mexico, late Tuesday Jan. 3, 2017. The gas station attendants who had turned off the power to inactivate the pumps were intimidated by demonstrators into turning them back on, and allowing the residents to take the fuel. Nationwide protests continued as small groups shut down or looted gas stations and blocked roads to protest a price deregulation that has sent the cost of fuel up by as much as 20 percent. (AP Photo/Erick Herrera) ORG XMIT: NC102
Moradores saqueiam combustível em cidade do Estado mexicano de Veracruz
                            
Após um forte aumento no preço da gasolina, o México vive nesta semana uma onda de saques e protestos violentos que já deixaram seis mortos e mais de 1.500 presos. 

Duas pessoas morreram feridas por tiros durante protesto na sexta (6) que terminou em confronto com a polícia em Ixmiquilpan. As vítimas bloqueavam uma estrada no Estado de Hidalgo. A origem dos disparos não foi confirmada. 

Outros três foram mortos no Estado de Veracruz. Duas das vítimas são suspeitas de terem saqueado produtos e a terceira foi atropelada por um veículo que estava sendo perseguido pela polícia. 

Na noite de quarta (4), um policial da Cidade do México morreu ao ser atropelado enquanto tentava impedir o roubo a um posto de gasolina. 

Os aumentos, de 20,1% para a gasolina e de 16,5% no diesel, os maiores em anos, entraram em vigor no dia 1º de janeiro e motivaram uma onda de protestos, bloqueios de estradas e de postos de gasolina, assim como saques e roubos. 

"Não será permitida a impunidade", disse René Juárez, subsecretário de Governo, que informou a prisão de 1.500 pessoas. 

A Polícia Federal foi mobilizada em várias regiões, inclusive com uso de aeronaves e foram instauradas "medidas de dissuasão, para evitar que haja novos problemas", prosseguiu Juárez. 

Segundo ele, 95% dos postos de combustível operam normalmente e a circulação foi retomada na maioria das vias bloqueadas. 

De acordo com a confederação comercial do país, até quinta (5) mais de mil lojas e pontos de venda de produtos foram saqueados. 

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, reiterou que a alta do preço dos combustíveis foi "uma mudança difícil" mas justificou que ela é necessária para manter a estabilidade econômica e financiar programas sociais. 

A polícia realiza investigações nas redes sociais para identificar pessoas que estimularam ou participaram dos protestos e dos saques.
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