25 de dezembro de 2014
Cheia do Piracicaba 'salva' subida de peixes para piracema, diz especialista
Pesquisador do Cepta diz que migração para desova começa a acontecer.
No Piracicaba, um dos 'escalados' por espécies, vazão garante fenômeno.
A migração dos peixes que sobem o Rio Piracicaba para desova, o fenômeno da piracema, já é possível com os atuais níveis do manancial, segundo o pesquisador e biólogo Paulo Sérgio Ceccarelli, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Tropicais (Cepta). A vazão por volta das 12h30 desta quinta-feira (25) era de 205 mil litros de água por segundo, com nível de 2,71 metros, conforme dados do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).
O período de reprodução das espécies ficou ameaçado pela seca histórica que deixou o rio com apenas 3,4 mil litros por segundo em novembro, a pior vazão dos últimos 30 anos, conforme o Daee. Na segunda-feira (22), no entanto, a profundidade do Piracicaba passou dos 4 metros e a quantidade de água que passava pela região da Rua do Porto chegou a 481,7 mil litros por segundo.
"A piracema começa atrasada devido à estiagem, mas agora já dá para dizer que vai ter desova. Os peixes já começaram a subir o rio, então ainda é uma parte da migração. É importante que continue chovendo para que os níveis se mantenham e permitam que outros cardumes consigam migrar para a reprodução", afirmou Ceccarelli.
Ele destacou também que, como no ano passado não houve piracema e neste ano houve mortandade, o processo de recuperação total das espécies pode demorar ainda de dois a três anos. A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, flagrou cenas de peixes 'escalando' as águas (assista ao vídeo acima). O período de reprodução vai até fevereiro de 2015.
Já o pesquisador Fábio Sussel afirmou que, mesmo após a vazão do Rio Piracicaba ter aumentado e permitido a migração dos peixes, a piracema neste ano não será completa. "Se continuar chovendo, a piracema vai ser possível, mas não vai ser a ideal por conta da estiagem severa e da mortandade de peixes dos últimos meses. A reprodução vai acontecer, mas para voltar ao normal, só em dois ou três anos", disse.
No Piracicaba, um dos 'escalados' por espécies, vazão garante fenômeno.

O período de reprodução das espécies ficou ameaçado pela seca histórica que deixou o rio com apenas 3,4 mil litros por segundo em novembro, a pior vazão dos últimos 30 anos, conforme o Daee. Na segunda-feira (22), no entanto, a profundidade do Piracicaba passou dos 4 metros e a quantidade de água que passava pela região da Rua do Porto chegou a 481,7 mil litros por segundo.
"A piracema começa atrasada devido à estiagem, mas agora já dá para dizer que vai ter desova. Os peixes já começaram a subir o rio, então ainda é uma parte da migração. É importante que continue chovendo para que os níveis se mantenham e permitam que outros cardumes consigam migrar para a reprodução", afirmou Ceccarelli.
Ele destacou também que, como no ano passado não houve piracema e neste ano houve mortandade, o processo de recuperação total das espécies pode demorar ainda de dois a três anos. A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, flagrou cenas de peixes 'escalando' as águas (assista ao vídeo acima). O período de reprodução vai até fevereiro de 2015.
Já o pesquisador Fábio Sussel afirmou que, mesmo após a vazão do Rio Piracicaba ter aumentado e permitido a migração dos peixes, a piracema neste ano não será completa. "Se continuar chovendo, a piracema vai ser possível, mas não vai ser a ideal por conta da estiagem severa e da mortandade de peixes dos últimos meses. A reprodução vai acontecer, mas para voltar ao normal, só em dois ou três anos", disse.
Cheia do Piracicaba 'salva' subida de peixes para piracema, diz especialista
Reviewed by Victor Leonardo
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