1 de novembro de 2014
Campinas usará esgoto tratado no consumo
Município será o primeiro do país a diluir água de reúso no abastecimento

SÃO PAULO— Em 18 meses, a prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, vai utilizar esgoto tratado no abastecimento dos cerca de 1,1 milhão de moradores da cidade. Antes de chegar às torneiras, a água de reúso será jogada no Rio Capivari, um dos dois cursos d’água que abastecem a cidade, e passará por uma estação de tratamento. O município será o primeiro do país a usar esgoto tratado no consumo humano.
O procedimento adotado por Campinas é conhecido como reúso indireto e já é empregado em outros lugares do mundo que lidam com escassez de água, como a Califórnia, nos Estados Unidos, Namíbia e Cingapura. A cidade do interior de São Paulo trata o esgoto em uma estação com biorreator a membrana, uma das tecnologias mais avançadas, segundo o engenheiro sanitarista Eduardo Pacheco, diretor do Portal Tratamento de Água.
— Essa estação de tratamento é capaz de remover todas as bactérias e boa parte dos vírus presentes na água. Ao final do processo, a água está pronta para o uso. Tecnicamente, ela é até melhor do que a água potável, mas, enquanto não existir uma legislação para o assunto que estabeleça os níveis de segurança, essa água tratada não é recomendada para beber — diz Pacheco.
Segundo o especialista, o reúso de água poderia ser uma solução para a capital paulista lidar com a falta d’água. As cinco estações de esgoto da Sabesp em São Paulo tratam 17 m³/s — quase metade do que o Cantareira produzia antes da crise, 33 m³/s.
A água de reúso produzida na estação Capivari II, em Campinas, tem pureza de 99%. Para poder jogar essa água no sistema de abastecimento, Campinas pretende construir uma adutora que levará o esgoto tratado da estação Capivari II ao rio de mesmo nome. O acordo para a obra foi celebrado com a concessionária que administra o aeroporto de Viracopos. A empresa pagará R$ 102 milhões e, em troca, terá isenção no serviço prestado pela Sanasa (autarquia municipal de saneamento básico) até chegar ao limite do que foi gasto.
A prefeitura avalia se será necessário pedir autorizações aos órgãos ambientais. Segundo a Sanasa, a adição da água de reúso antes da estação de tratamento de água é segura para a população

SÃO PAULO— Em 18 meses, a prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, vai utilizar esgoto tratado no abastecimento dos cerca de 1,1 milhão de moradores da cidade. Antes de chegar às torneiras, a água de reúso será jogada no Rio Capivari, um dos dois cursos d’água que abastecem a cidade, e passará por uma estação de tratamento. O município será o primeiro do país a usar esgoto tratado no consumo humano.
O procedimento adotado por Campinas é conhecido como reúso indireto e já é empregado em outros lugares do mundo que lidam com escassez de água, como a Califórnia, nos Estados Unidos, Namíbia e Cingapura. A cidade do interior de São Paulo trata o esgoto em uma estação com biorreator a membrana, uma das tecnologias mais avançadas, segundo o engenheiro sanitarista Eduardo Pacheco, diretor do Portal Tratamento de Água.
— Essa estação de tratamento é capaz de remover todas as bactérias e boa parte dos vírus presentes na água. Ao final do processo, a água está pronta para o uso. Tecnicamente, ela é até melhor do que a água potável, mas, enquanto não existir uma legislação para o assunto que estabeleça os níveis de segurança, essa água tratada não é recomendada para beber — diz Pacheco.
Segundo o especialista, o reúso de água poderia ser uma solução para a capital paulista lidar com a falta d’água. As cinco estações de esgoto da Sabesp em São Paulo tratam 17 m³/s — quase metade do que o Cantareira produzia antes da crise, 33 m³/s.
A água de reúso produzida na estação Capivari II, em Campinas, tem pureza de 99%. Para poder jogar essa água no sistema de abastecimento, Campinas pretende construir uma adutora que levará o esgoto tratado da estação Capivari II ao rio de mesmo nome. O acordo para a obra foi celebrado com a concessionária que administra o aeroporto de Viracopos. A empresa pagará R$ 102 milhões e, em troca, terá isenção no serviço prestado pela Sanasa (autarquia municipal de saneamento básico) até chegar ao limite do que foi gasto.
A prefeitura avalia se será necessário pedir autorizações aos órgãos ambientais. Segundo a Sanasa, a adição da água de reúso antes da estação de tratamento de água é segura para a população
Campinas usará esgoto tratado no consumo
Reviewed by Victor Leonardo
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12:05
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